Um idoso peregrino, Santiago de Compostela, 07h14
Tenho agora um novo horário de labuta que me obriga a levantar e arrastar pelos cantos da casa logo de manhã cedo a partir das 06h30. Se perco mais do que 5 minutos e 37 segundos a tomar banho e a secar o cabelo; cerca de de 11 minutos e 43 segundos a tomar o pequeno almoço e mais de 38 segundos a lavar os doentes... bom não apanho a porra do metro das 07h18.
É um must a escravatura das horas. Pior ainda é quando precisamente às 07h13 nos surge do nada um desgraçado de um peregrino de concha em riste, em plena urbanização desértica na Maia com ar de quem está dramaticamente perdido. Valha-me Deus. Tenho de apanhar a porra do metro e o homem corre na minha direcção.
Queria que lhe indicasse o .... Caminho de Santiago. "Sprechen Sie Dutch?". "Não, não sprecho nada a esta hora da matina. É que nem o português flui convenientemente" - pensei. O tempo corre, o metro não espera e eu ali. A tentar perceber o senhor que não paráva de me enfiar o guia em alemão nos olhos.
Medida extrema, pensei eu. "Go straight ahead to the center of the city. In the central cafe - há sempre um café central - ask the way to Santiago". Pronto. Livrei-me do senhor e fiquei com um tremendo peso na consciência. Mas enfim... não há-de ser nada! Corri como uma desalmada com a minha Carolina dentro da barriga, coitadinha, aos saltos.
Apanhei o metro. Cheguei a horas, às 07h45 em ponto, como de costume. Ah grande mulher...
É um must a escravatura das horas. Pior ainda é quando precisamente às 07h13 nos surge do nada um desgraçado de um peregrino de concha em riste, em plena urbanização desértica na Maia com ar de quem está dramaticamente perdido. Valha-me Deus. Tenho de apanhar a porra do metro e o homem corre na minha direcção.
Queria que lhe indicasse o .... Caminho de Santiago. "Sprechen Sie Dutch?". "Não, não sprecho nada a esta hora da matina. É que nem o português flui convenientemente" - pensei. O tempo corre, o metro não espera e eu ali. A tentar perceber o senhor que não paráva de me enfiar o guia em alemão nos olhos.
Medida extrema, pensei eu. "Go straight ahead to the center of the city. In the central cafe - há sempre um café central - ask the way to Santiago". Pronto. Livrei-me do senhor e fiquei com um tremendo peso na consciência. Mas enfim... não há-de ser nada! Corri como uma desalmada com a minha Carolina dentro da barriga, coitadinha, aos saltos.
Apanhei o metro. Cheguei a horas, às 07h45 em ponto, como de costume. Ah grande mulher...
2 Comments:
Todos os caminhos vão dar...ao café central!!! :D
De facto uma grande aventura. A Carolina já corre mesmo na barriga... É sempre a correr, a correr e a vida não pára... Mas continuo a achar que há tempo para tudo. Até para ir a Santiago descobrir esse caminho. Talvez com a Carolina pela mão...
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