No Batô...

... O Batô é o meu poiso de eleição. Ao que se consta, a discoteca já existia antes do 25 de Abril e, ainda hoje, continua a ser um espaço de encontro de gerações. E é precisamente de cruzamentos que hoje desabafo.

Na minha última incursão pelo antro do rock e das cucas atrofiadas, tive um encontro de 5º grau com o meu ginecologista.

Perguntar-se-ão: Mas que mal tem isso?

Pois, absolutamente mal nenhum. Mas quem me conhece sabe bem que esta cabecinha anda sempre a laborar na produção das mais vis e rocambolescas histórias de encantar. Vai daí, quando vejo o meu ginecologista com os seus admiráveis cinquenta e picos aos saltos bem altos, com a sua orgulhosa semi-careca em riste, numa rodinha de trintonas histéricas a dançar à volta dele e a cantar Cure, RATM, The Doors, Pixies e coisas assim do género. O Homem estava em polvorosa. Ele e o amigo, o especialista em fertilizações milagrosas.

Por momentos pareceu-me ter-me reconhecido. Os nossos olhares cruzaram-se. Pá, fiquei inibida. A sério... O Senhor doutor é humano, claro está. Tem todo o direito a dar o seu pezinho de dança, porque tem. Mas O MÉDICO QUE VÊ A NOSSA VAGINA NÃO PODE FREQUENTAR A MESMA DISCOTECA QUE NÓS, caraças!