Editado novo material do poeta com "sal nas palavras"
A Assírio & Alvim edita a partir de hoje um conjunto de poemas dispersos do grande poeta surrealista português, Alexandre O'Neill.
O livro, intitulado "Anos 70 - poemas dispersos", integra três poemas inéditos e textos dedicados a Elvis Presley e ao seu amigo, Mário Cesariny. Alguns destes poemas foram publicados nos jornais "Diário de Lisboa" e "A Capital" e em revistas como a "Flama" e "Ele".
Autor de:
"A Ampola Miraculosa".
"No Reino da Dinamarca"
"Poemas com Endereço"
"As Andorinhas não têm Restaurante"
"Entre a Cortina e a Vidraça", "Uma Coisa em Forma de Assim"
"As Horas já de Números Vestidas" (última obra publicada em vida, 1981)
Mais sobre Alexandre O'Neill aqui
E já que falo em O'Neill há um texto que me inspira e quero partilhar contigo... e contigo.... e contigo
«Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!»
... e porque ainda não recebi o meu subsídio de Natal, apetece-me apoderar das palavras do poeta mais uma vez e lançar «Minuciosa formiga»:
«Minuciosa formiga
não tem que se lhe diga:
leva a sua palhinha
asinha, asinha.
Assim deverá eu ser
e não esta cigarra
que se põe a cantar
e me deita a perder.
Assim deverá eu ser:
de patinhas no chão,
formiguinha ao trabalho
e ao tostão.
Assim deverá eu ser
se não fora não querer»
Toca formiguinha a trabalhar... mas hoje é sextaaaaaa! :)
O livro, intitulado "Anos 70 - poemas dispersos", integra três poemas inéditos e textos dedicados a Elvis Presley e ao seu amigo, Mário Cesariny. Alguns destes poemas foram publicados nos jornais "Diário de Lisboa" e "A Capital" e em revistas como a "Flama" e "Ele".
Autor de:
"A Ampola Miraculosa".
"No Reino da Dinamarca"
"Poemas com Endereço"
"As Andorinhas não têm Restaurante"
"Entre a Cortina e a Vidraça", "Uma Coisa em Forma de Assim"
"As Horas já de Números Vestidas" (última obra publicada em vida, 1981)
Mais sobre Alexandre O'Neill aqui
E já que falo em O'Neill há um texto que me inspira e quero partilhar contigo... e contigo.... e contigo
«Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!»
... e porque ainda não recebi o meu subsídio de Natal, apetece-me apoderar das palavras do poeta mais uma vez e lançar «Minuciosa formiga»:
«Minuciosa formiga
não tem que se lhe diga:
leva a sua palhinha
asinha, asinha.
Assim deverá eu ser
e não esta cigarra
que se põe a cantar
e me deita a perder.
Assim deverá eu ser:
de patinhas no chão,
formiguinha ao trabalho
e ao tostão.
Assim deverá eu ser
se não fora não querer»
Toca formiguinha a trabalhar... mas hoje é sextaaaaaa! :)
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