Axl N'Roses

Apesar de estar de 'plantão' no domingo de manhã, não resisti ver em directo e a cores o tão propalado concerto dos ressuscitados Guns N'Roses no Rock In Rio - Lisboa 2006.

Consegui gramar a injecção do Axl até às 2 e pico, mas depois rendi-me a estas evidências:

- Os Guns N'Roses foram mais um capítulo breve, mas profícuo, da história do rock. E ponto final. Guns só com Axel 'sabe' a tudo menos a "Lies" ou a "Appetite for Destruction".

- Estava à espera que o 'rasta-glam-Axl' fizesse merda, mas tanta... Óh senhores! Fiquei chocada, a sério! Os Guns marcaram a minha adolescência a partir do exacto momento em que um vizinho me emprestou o vinil "Lies". Não escapei, fiquei presa aquele som e bom... com "Use Your Illusion I e II" o caso roçou mesmo a dependência. Efeito semelhante só depois com "Nevermind" dos Nirvana!

- Axl está a 'avacalhar' o património dos Guns (desculpem a expressão!). Aquela é uma banda rasca de covers, com um vocalista que mais parece ter saído de um bar texano depois de beber umas tantas tequillas, armado ao irreverente com todos os f***ck off na ponta da língua. Parecia o Willie Nelson caraças!

- Não há músicos que recuperem a química que tinha Duff McKagan ou Slash. Não viram o que aconteceu aos Red Hot quando chamaram o Dave Navarro dos Jane's Adiction, o homem quase que ia destruindo o Chili Peppers!

- A história não se repete, nem para os mais saudosistas.

Ainda bem que «Eu não ... Fui»!